Continuando a série de posts com dicas para viagem, resolvi contar um pouco sobre como eu levo dinheiro em viagens internacionais e quais são as opções disponíveis para quem tem viagem marcada. Normalmente eu prefiro combinar pelo menos duas formas de levar dinheiro. Assim, se acontecer algo que fuja do previsto, eu garanto que ainda fico com algum dinheiro para lidar com o que quer que aconteça.

Dinheiro em espécie

Essa opção é a mais óbvia quando você pensa em viajar: levar o dinheiro em espécie na moeda do país destino. A cotação que você encontra para comprar moeda em espécie é na maioria das vezes a opção turismo. Além do valor da moeda, você ainda tem que pagar 1.1% de imposto pela compra da moeda em papel (IOF).

Sempre pesquiso bem antes de comprar o dinheiro em espécie. Ligo em pelo menos 3 corretoras de câmbio de confiança e procuro no site Melhor Câmbio. E na hora de fechar o preço pelo telefone, sempre peço um desconto. Quanto mais dinheiro você trocar, maior pode ser esse desconto.

carteira com notas de 100 dólares

Às vezes, pode ser que você esteja indo para um país cuja moeda não seja muito comum nas casas de câmbio no Brasil. Nesse caso, sempre leve a moeda dominante daquela região. Exemplo: se estiver indo para o Caribe, América do sul ou algum país da Ásia, você pode levar dólares americanos, se quiser. Se for para a Europa, mesmo em lugares que não estejam na zona do euro, pode levar o dinheiro em euros. Aí você tem que trocar de novo ao chegar lá. Só use essa opção em último caso, porque você precisará de duas conversões cambiais (ex.: de real para euro e de euro para coroa Checa). E você poderá perder algum dinheiro a cada conversão cambial. Então as chances de você sair perdendo são maiores.

Cartão de crédito

O cartão de crédito também é uma ótima opção para quem está indo viajar. Normalmente, a cotação usada para esse tipo de operação é a cotação comercial, que é um pouco mais baixa que a turismo. Mas isso não quer dizer que vai sair mais barato do que a opção em espécie, porque a cobrança de IOF é mais salgada: 6.38%.

A grande vantagem de usar cartão é que você não precisa trocar o dinheiro em espécie. Eu acho um pouco mais seguro, porque se você perder o dinheiro já era. Mas o cartão ainda tem como cancelar antes de ver toda sua grana indo embora.

Outra vantagem do cartão é que você não corre o risco de ficar com muito dinheiro sobrando na volta.

Mas usar o cartão também tem uma grande desvantagem: a cotação do câmbio só é definida no dia de fechamento da fatura do seu cartão. Isso quer dizer que até esse dia, você não sabe exatamente quanto vai pagar pelo câmbio. E isso pode ser bom, caso o câmbio caia. Mas pode ser muito ruim, se o câmbio subir muito.

E se você estiver planejando guardar uma grana pra pagar as compras do cartão, não esqueça de levar em conta o IOF que você vai ter que pagar. Pior coisa é pagar a fatura pela metade e ficar sujeita aos juros abusivos do cartão. Aquela dívida de R$ 500,00 dobra rapidinho.

Cartão pré-pago

O cartão pré-pago funciona basicamente como uma conta corrente. Você deposita o dinheiro lá e vai usando até esgotar. Na prática, o cartão pré-pago é passado na função de crédito quando você faz alguma compra, mas o dinheiro é debitado praticamente na hora.

A grande vantagem desse tipo de cartão é que você pode sacar o dinheiro em espécie no país que você está visitando. Assim você tem mais flexibilidade e tem duas opções em uma. Você pode sacar dinheiro em espécie e também pode usar o mesmo cartão (na função crédito) pra fazer compras.

A desvantagem é que a cotação desse tipo de cartão é a mesma usada na compra de dinheiro em espécie: cotação turismo. Só que ao invés de pagar 1.1% de imposto, a taxa é a mesma do cartão de crédito: 6.38%! No final das contas, essa acaba sendo a opção mais cara em comparação com as que mostrei acima.

Remessa internacional

Se você tá pensando em ficar mais tempo (para um intercâmbio, por exemplo) e se você tiver uma conta corrente no país destino, você pode usar a opção de fazer uma remessa internacional. Ou então, se você estiver indo visitar algum amigo ou parente, pode passar o dinheiro para essa pessoa (só não vai passar para alguém que não seja de sua confiança, hein).

Essa opção costuma ser a mais vantajosa, porque o câmbio acaba saindo mais barato. A única desvantagem é que só quem tem uma conta bancária no país destino consegue usar.

Já ouvi falar dessa e dessa empresa, mas confesso que (ainda) não usei nenhum desses serviços. Por isso não posso dizer se eu indico ou não. Pesquise bem antes de fazer esse serviço. Leia depoimentos na internet, procure no Reclame Aqui e faça uma decisão inteligente. Como sempre digo, o barato pode sair caro.

Remessa internacional de emergência

Outra opção que conheço é o Western Union. Funciona como a remessa internacional, mas nesse caso você não precisa necessariamente ter uma conta corrente no país de destino. Você pode simplesmente ir a algum ponto credenciado Western Union e sacar o dinheiro mostrando um documento de identificação, por exemplo o seu passaporte. Essa opção não vale muito a pena, as taxas costumam ser altas e isso faz com que a cotação não seja muito atrativa. Já usei e foi tranquilo, então posso dizer que é seguro.

Inclusive algumas seguradoras usam esse tipo de transferência para quando acontece algum imprevisto.

Acho que essa é uma ótima opção para quando acontecer algum problema ou imprevisto durante a sua viagem e você precisar de dinheiro emergencialmente. Como assim? Se você perder o seu passaporte, ou seu dinheiro, ou o seu cartão de crédito (ou ambos, #deusolivre)…você pode pedir para alguém transferir pra você.

Esse tipo de operação tem um valor máximo que dá para ser transferido. Vale a pena checar com mais atenção os detalhes para ver se é uma boa opção ou não.

O que eu costumo usar

Normalmente eu faço um planejamento de quanto vou usar durante todo o período e troco tudo em espécie, antes da viagem. Além da cotação ser melhor, ainda consigo ter mais controle sobre meus gastos. Uma dica que eu dou para quem tá planejando a viagem com bastante antecedência é ir trocando aos poucos. Assim você não corre o risco de pegar um preço muito ruim no valor da cotação.

Se você estiver com medo de levar tudo em espécie, coloque um pouco em cada lugar. E carregue a maior parte em uma doleira (tipo uma pochete que vai escondida por baixo da roupa, também conhecida como marsúpio). Sempre uso e nunca tive problema.

Levar dinheiro em espécie me ajuda a garantir que eu não vou gastar demais. Às vezes dá uma vontade de sair comprando um monte de coisas que você não tinha planejado e isso pode acabar criando um rombo muito grande lá na frente. Já pensou se você não dá conta de pagar essa fatura depois? G-zuis amado.

E para emergências, sempre levo um cartão de crédito. Se nada grave acontecer, ele vai voltar pra casa como foi: sem nenhuma conta.

E agora quero saber de você: depois de ler esse post, qual forma você acha melhor?

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Até a próxima.

 

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